quarta-feira, 7 de abril de 2010

"... Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre a convivência.

Às vezes, usa a raiva para que possamos compreender o infinito valor da paz.

Outras vezes usa o tédio, quando quernos mostrar a importância da aventura e do abandono.

Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar sobre a responsabilidade do que dizemos.

Às vezes usa o cansaço, para que possamos compreender o valor do despertar.

Outras vezes usa a doença, quando quer nos mostrar a importância da saúde.

Deus costuma usar o fogo,para nos ensinar a andar sobre a água.

Às vezes, usa a terra, para que possamos compreender o valor do ar.

Outras vezes usa a morte, quando quer nos mostrar a importância da vida. "

Fernando Pessoa

domingo, 28 de março de 2010

Metamorfose ambulante

"... Quero dizer agora o oposto do que eu disse antes

Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo..." Raul Seixas

e quer saber, como disse a Clarice, se me achar esquisita, respeite também, até EU fui obrigada a me respeitar! ;)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Perdeu a oportunidade de ficar calado!!! Que vergonha presidente...



"A greve de fome não pode ser utilizada como pretexto de direitos humanos para liberar as pessoas. Imagine se todos os bandidos presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade”."


- Lula, sobre o dissidente cubano que começou uma greve de fome há cerca de 20 dias, pedindo a liberdade de 26 presos políticos cubanos doentes e em protesto pela morte do também preso político Orlando Tamayo, após uma greve de fome de quase três meses.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Desabafo

Hoje está sendo um dia de desassossego, desconforto. Um misto de sentir aquela saudade inquietante e ao mesmo tempo medo de não mais conseguir 'sentir'. Sentimentos estranhos esses. Silêncio de não ter o que dizer. Sono sem querer dormir. Um querer não ser. Ser o outro. Tédio. Dizem que quando uma capricorniana sente saudade é assim mesmo.. excrucitante!!!

Abro meu livrinho de frases preferidas e lá Miguel Sousa Tavares me consola dizendo:

"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

e que ilusão...

quarta-feira, 24 de março de 2010

Insônia, Hamlet e Política

Já são mais de meia noite, sem nada pra fazer e com a programação deprimente da tv aberta peguei um livro que estava na cabeceira. A Tragédia de Hamlet, por Shakespeare. Abri em uma página qualquer e impressionante como a frase que li e a matéria que eu acabara de ver sobre politica desencaderaram um processo de reflexão em mim que até me fizeram levantar da cama e vir aqui compartilhar.

Não falo de partidos, mas da mídia. Aliás, não é novidade para ninguém que a televisão e os jornais desempenham um papel de protagonista na trama eleitoral do país. E o fazem com a “fantasia” da neutralidade, apodrecendo nossa democracia com a tirania da “opinião pública”.

Em ano eleitoral, e frente a toda essa crise política, minha pergunta é: sou capaz de ser autônoma em minhas escolhas? Ou sou apenas manipulada pelo humor quase sarcástico da mídia? Será que tem alguém brincando com minha opinião? Não podemos esquecer que, em última instância, somos livres para decidir sobre o que queremos em uma sociedade democrática. Apesar de serem bons recursos para nos ajudar nessa tarefa, os meios de comunicação não podem ser vistos como neutros. Se eles também são livres para comunicar um fato (daí a chamada “liberdade de imprensa”), tal neutralidade só pode ser vista como um mito.

Voltando a Hamlet, acabo de ler a parte em que Polonius, o político personagem do drama, fica desconcertado com a resposta de Hamlet à sua pergunta “O que você lê?”. A razão para tal pergunta é a suposta loucura de Hamlet. Diferentemente de suas expectativas, o príncipe da Dinamarca não estava louco. Pelo contrário, pelo menos na política, ele se mostra até mais atento do que nós. Afinal, sua resposta à pergunta de Polonius é simplesmente: “Palavras, palavras, palavras”...

É isso, não quero deixar que palavras e mais palavras ceguem meus olhores críticos, não só os meus, mas os da pessimista e estática população brasileira, e que a cômoda falta de memória não nos faça esquecer dos acontecimentos políticos deplóráveis que já presenciamos para que assim a história não se repita mais uma vez.

A palavra "crise" tem a característica de temporariedade, portanto deixemos de ser tão céticos e vamos fazer uma faxina nessa política brasiliera, sobretudo da nossa capital que tem tanta poeira escondida embaixo do tapete ;)

Boa noite.
"... Deus, obrigada por olhar pra mim nesse dia, tava tão esquecida de quanto essa vida é boa... Quando a gente tá achando que a rua fechou, aí vem recomeço e a certeza de tudo dar certo... "

Amar novamente - Alma D'jem

Ninguém É

Hoje estou profunda e preciso me dividir... vamos lá:

O mundo tem de perceber que ninguém É um momento, ninguém É um defeito, ninguém É um rótulo, ninguém É uma profissão, ninguém É. Todos nós apenas estamos. Eu mesma, já estive criança, já estive triste, já estive feia, já estive engraçada, já estive grossa, já estive apaixonada, já estive atraente, já estive efusiva, já estive ridícula, já estive interessante, já estive expressando milhares de traços da minha personalidade curiosa dentro e fora de mim.

É bobeira julgar todo e qualquer ser humano por momentos. Na verdade, é bobeira julgar. Em cada ser humano existe um universo totalmente diferente dos demais. Todos nós vivemos vidas diferentes, vemos o mundo de uma maneira desigual. Cada um de nós apresenta um jeito singular de apresentar-se à humanidade. No fundo eu nunca me preocupei em desvendar o lado que eu mostro para o mundo e o lado que eu escondo dele. Eu gosto mesmo é de estar dentro de mim, mas não é sempre que como num grito o mundo não me acorda para respirar a beleza do que está fora do meu corpo de garota.
Arranco de mim metade de uma multidão fria e arrisco-me a aprender como devo agir para me ver no outro sem diferenças. No final, meu foco sempre está no Amo, afinal, Alguém nasceu e morreu para mostrar o que é amor de verdade. Um soberano fez-se abrigo, amigo e desenhista de destinos inacreditáveis. Nunca houve limites para estarmos. Só existe limites para sermos.

Às vezes tomamos atitudes lamentáveis, devemos sim reconhece-las como ruins se não tiverem amor no sobrenome. Porém julga-las é impossível. Nossas personalidades são como um quebra cabeça de milhares de pecinhas formadas por ondas e ondas de fatores que talvez nem estejam em nossas lembranças. Apenas o Criador das nossas almas pode explicar porque agimos de maneiras misteriosas. Não falo de um Deus que muitos de nós pintou como alguém que julga como homem, não como um Deus. Quem somos nós para abrir a boca e dizer que alguém está errado em estar de alguma maneira?

Conselho de hoje: permita-se a sentir mais e abrir menos a boca quando criticar toda e qualquer maneira de amar.
Permita-se parar de vibrar com idas do homem à lua e chorar com quem sente frio, fome e falta de calor humano.
Permita-se a entrar em contato íntimo com Aquele que deu cheiro as flores, cor aos seus olhos e sabor as frutas.
O único ser que É chama-se Cristo. Ele nunca deixará de ser amor.Nesse aspecto, permita-se estar sendo melhor,
seja amante do amor...